O Custo Efetivo Total (CET) é uma parte importante de contrato que envolve operações financeiras, pois é a soma dos juros e outros encargos essenciais do seu financiamento.
Ao saber o que é o CET, você terá maior clareza sobre tudo o que será efetivamente cobrado e que farão parte da sua negociação nos próximos meses.
Confira, a seguir, o que é Custo Efetivo Total, o que é cobrado dentro do CET, como calculá-lo e mais!
O que é Custo Efetivo Total (CET)?
O Custo Efetivo Total é a junção de todos os encargos e despesas que incidem sobre uma operação de crédito. Ou seja, ele é um demonstrativo de quanto você pagará pelo empréstimo solicitado, ou seja, o valor total da sua dívida.
Mais do que apenas os juros, ele contém todos os encargos, tributos, taxas e despesas de um empréstimo ou financiamento imobiliário. Portanto, os juros são apenas uma parte do que realmente compõe o valor da contratação de um serviço.
É muito importante se atentar a todos os valores referentes à operação, pois em muitos casos, são as pequenas tarifas que acabam aumentando o valor final.
O consumidor tem direito de ter acesso a todos esses valores antes de fechar o negócio, basta solicitar uma proposta à empresa, baseada na análise de crédito. Com isso, você receberá uma planilha de cálculo com todas as informações discriminadas e poderá fazer a conferência.
O que é cobrado dentro do Custo Efetivo Total?
Antes de qualquer coisa, é necessário entender o que será cobrado dentro do CET. As taxas podem variar conforme a instituição, e se referem ao relacionamento entre as partes envolvidas.
Confira, a seguir, quais são os custos que o Custo Efetivo Total pode abranger.
Taxa de análise de crédito
Em qualquer operação financeira, a instituição que libera o crédito, faz uma análise para verificar a situação financeira do cliente. Isso acontece para verificar se o solicitante tem condições de pagar toda a sua dívida, além de outras informações.
Tarifa de abertura de cadastro
Essa tarifa calcula o valor que será cobrado pela instituição por ter feito a pesquisa sobre a situação financeira do cliente junto aos órgãos de proteção ao crédito e também para a análise e o tratamento dos dados necessários para o início da operação de crédito.
Taxas administrativas
Essas taxas variam de acordo com a instituição financeira, mas não são obrigatórias. Nelas, podem estar incluídas: a taxa de manutenção e de cadastro, além dos custos administrativos que a empresa vai ter para manter sua conta aberta e registrar os dados.
Taxa de juros
Essa taxa dita quanto será cobrado de juros sobre as suas parcelas.
Seguros
Os seguros podem variar bastante de acordo com o serviço prestado e eles servem como uma maneira de garantir o pagamento da dívida à instituição financeira, mesmo se o credor morrer ou perder o trabalho, por exemplo.
Geralmente cobrados em casos de empréstimos e financiamentos .
Existem alguns seguros obrigatórios, como o de morte ou invalidez permanente, que variam de acordo com a idade e condições de saúde do credor. Assim como também há o seguro de Danos Físicos do Imóvel (DFI), no caso de um financiamento imobiliário, com o objetivo de cobrir prejuízos causados ao imóvel de forma involuntária.
Essas causas involuntárias podem estar relacionadas a fatores externos ou àqueles causados pela natureza, como: incêndios, terremotos, enchentes ou desmoronamentos.
Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)
Este é um imposto obrigatório que estará dentro do CET, que é cobrado sobre empréstimos, financiamentos, operações de câmbio e títulos imobiliários.
O valor do IOF leva em conta duas taxas: 0,38% sobre o valor total da conta e uma porcentagem de 0,0082% por dia, calculada analisando o prazo de pagamento.
Por ser um imposto cobrado pelo Governo Federal, pode ter a alíquota alterada (reduzida ou aumentada) por decisões políticas.
Saiba como calcular o Custo Efetivo Total!
Para te ajudar a calcular o CET, o Banco Central do Brasil (BACEN) criou uma fórmula que facilita o entendimento. Esse cálculo exige que o cliente reúna todas as cobranças e faça a soma. Para chegar nesse resultado, SIGA as etapas:
- Confira os juros totais;
- Verifique taxas e encargos independentes;
- Confirme os impostos cobrados;
- Encontre a taxa de seguro, se existir;
- Confira se existem cobranças adicionais;
- Some todos os itens.
A fórmula é a seguinte:
Veja o que significa cada uma das letras:
- N: prazo do contrato, contado em dias corridos;
- J: intervalo entre o desembolso inicial e a data do pagamento das quantias periódicas;
- FCj: todos os custos cobrados (juros, taxas, seguros, etc.);
- Dj: data do pagamento;
- D0: data de liberação do crédito pela credora financeira;
- FC0: valor do crédito, deduzido das despesas.
Por ser uma fórmula grande e cheia de letras, pode parecer um pouco complicada. Porém, o CET é, basicamente, o resultado da soma das taxas de juros, tributos, tarifas, gravames, IOF, registros, seguros e demais despesas envolvendo o empréstimo ou o financiamento imobiliário.
Vale a pena ressaltar que, além de informar quais são os encargos envolvidos na operação de crédito, as instituições precisam especificar também qual foi o cálculo realizado para chegar ao valor do CET.
Como conseguir as informações do cálculo?
Como citado anteriormente, as instituições financeiras devem fornecer uma tabela com os detalhes dos valores de cada um dos itens que compõem o CET, portanto, basta solicitar.
Porém, é importante prestar atenção a alguns pontos, pois no momento em que você pedir para saber em detalhes o valor do CET, pode aparecer de uma forma percentual, ao mês ou ao ano.
Como normalmente os pagamentos das dívidas acontecem em parcelas mensais, você estará pagando um percentual mensal, do valor total anual, do Custo Efetivo Total.
Pesquise bem antes de fazer a sua escolha
Se você ainda não fez o seu empréstimo bancário ou começou o financiamento online, pesquise, leia e procure saber sobre a reputação da instituição financeira antes de fazer a sua escolha.
Gostou desse conteúdo? Então, confira também: